25/11/2010 16h45 - Atualizado em 16/01/2019 13h26

Sucesso do Polo de Manga é discutido durante Encontro de Produtores em Baixo Guandu

O cultivo de manga do Espírito Santo tem se expandido em ritmo acelerado e representado um bom negócio para os produtores rurais. Nos últimos dois anos, a área plantada com manga dobrou na Região Noroeste do Estado, passando de 800 para 1600 hectares, e até o final deste ano mais 200 hectares serão implantados.

A expectativa da safra 2010/2011 – que vai de novembro a janeiro - é que a produção da fruta alcance 2 mil toneladas, mas, quando as novas áreas entrarem em produção, o Estado deve atingir uma safra de 10 mil toneladas, montante que será totalmente absorvido pela indústria de sucos prontos.

Avanços

Este grande crescimento deve-se aos incentivos do Polo de Manga da Região Noroeste do Espírito Santo, criado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Dessa forma, para apresentar e discutir os avanços alcançados pelo Programa na região, bem como as perspectivas para a industrialização da manga no Espírito Santo, acontece, nesta sexta-feira (26), o II Encontro dos Produtores de Manga.

O evento terá início às 8h30, na propriedade do Sr. Valdir Sperandio, localizada no Campo do Córrego do Lage, em Baixo Guandu, e terá a participação do governador Paulo Hartung, do secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, além de cerca de 500 produtores de manga da região do Noroeste do Espírito Santo. A partir das 13h30, está prevista uma visita técnica na propriedade do Sr. Valério Pascoal Loss, no mesmo município.

O Encontro é uma realização da Secretaria de Estado da Agricultura e do Incaper, em parceria com o Sebrae-ES, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a empresa Trop Brasil e a Prefeitura de Baixo Guandu, além do apoio das demais prefeituras dos municípios da região do Polo.

Distribuição de mudas e organização da cadeia

Desde 2003, data da criação do Programa, a Seag, por meio do Incaper, distribuiu cerca de 130 mil mudas da variedade Ubá, tipo de manga preferido pela indústria, aos cerca de 700 agricultores familiares cadastrados no Polo a preços subsidiados. Em dezembro deste ano serão distribuídas mais 20 mil mudas.

Além disso, toda a cadeia produtiva foi organizada, desde o cultivo dos frutos até a comercialização na indústria de polpa de frutas. Isso permitiu aos agricultores a certeza de mercado e a garantia de preço ao seu produto. Este trabalho é realizado pelo Grupo Gestor do Polo, composto por representantes do Incaper, das prefeituras, associações e sindicatos de produtores dos municípios que integram o Polo, além do Sebrae e da Trop Brasil.

O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli aponta que um dos grandes sucessos foi a organização do Grupo Gestor. "Esse grupo se reúne todos os meses para discutir as atividades do ano. Isso é importante para o bom desenvolvimento do Polo, que faz parte de um cenário importante da agricultura capixaba”, afirma. Segundo o secretário, “o mercado para a manga é promissor, o fruto tem boa aceitação tanto para o consumo in natura quanto para a fabricação de polpa pelas indústrias, por isso temos investido no fomento ao Polo de Manga na Região Noroeste do Espírito Santo”.

De acordo com o extensionista do Incaper e presidente do Grupo Gestor, José Carlos Grobério, o segredo do sucesso do Polo de Manga está na organização da cadeia produtiva. “O nosso trabalho começa pela capacitação dos produtores sobre as técnicas adequadas de cultivo, com o intuito de gerar um produto de qualidade. Além disso, somos responsáveis pela logística de transporte e pela negociação de preços com a indústria. Toda a produção do Polo de Manga é destinada à Trop Brasil, empresa localizada em Linhares que processa os frutos na forma de polpa e abastece a Suco Mais”, indica Grobério.

O preço da fruta a ser comercializado este ano já foi negociado, e será de R$ 0,46 por quilo, o que irá gerar mais de R$ 900 mil aos produtores de manga da Região Noroeste.

De acordo com o diretor-presidente do Incaper, Evair de Melo, no Estado já existem 11 polos de frutas, que visam à expansão da fruticultura no Estado por meio de incentivos governamentais, como capacitação dos agricultores e distribuição de mudas a preços subsidiados. “O objetivo dos polos é incentivar a diversificação da agricultura no Estado, e, dessa forma, proporcionar mais uma fonte alternativa de renda aos produtores rurais”, afirma Evair.

Polo de Manga

A região de abrangência do Polo de Manga da Região Noroeste do Espírito Santo foi selecionada de acordo com condições edafoclimáticas (clima e solo) favoráveis ao cultivo da fruta. Cerca de 60% da área recomendada apresenta terras quentes, acidentadas e secas, e destaca-se na produção dos últimos anos o município de Pancas.

Ao todo, 17 municípios do Noroeste do Estado fazem parte do Polo, sendo eles: Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Águia Branca, São Gabriel da Palha, São Domingos do Norte, Mantenópolis, Alto Rio Novo, Pancas, Marilândia, Colatina, Baixo Guandu, Laranja da Terra, São Roque do Canaã, Itarana, Itaguaçu, Governador Lindenberg e Santa Teresa.

Para se cadastrar, o produtor deve seguir uma série de exigências, como as recomendações técnicas preconizadas pelo Incaper, acompanhar os treinamentos e as capacitações destinadas ao manejo da cultura, permitir aos técnicos do Instituto fazer avaliações sobre o material genético implantado em sua propriedade e estar com a área em condições de plantio, sendo fundamental o controle de formigas.



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