27/12/2016 14h23 - Atualizado em 27/12/2016 14h26

Suspeita de assassinar marido é presa em Pinheiros

De forma rápida, a equipe da Delegacia de Polícia (DP) de Pinheiros, sob a responsabilidade do delegado Dair Oliveira Júnior, concluiu as investigações sobre o homicídio do missionário Elias Costa, de 44 anos, desaparecido desde o dia 16 de dezembro.

Durante as investigações, os policiais concluíram que a principal suspeita do crime é a mulher de Elias, identificada como A.P.G.S., de 35 anos. De acordo com o delegado, ela se apresentou na DP acompanhada por um advogado. “A suspeita confessou o crime e alegou legítima defesa. Durante o depoimento, ela disse que o casal teve uma briga no dia 16 de dezembro, por volta das 23h, e para se defender de uma agressão física, empurrou Elias, que desequilibrou e acabou caindo e batendo com a cabeça em um móvel da sala da casa do casal. Após constatar que Elias estava morto, resolveu colocá-lo dentro de uma caixa de madeira que havia em um cômodo da casa”, contou o delegado.

Ainda durante a oitiva, A.P.G.S. disse que, três dias após o crime, percebeu que o corpo do marido apresentava mau cheiro. “Para não chamar a atenção de vizinhos, ela disse que jogou cal sobre o corpo e usou espumas para vedar a janela e a porta do cômodo para evitar que o cheiro se espalhasse pela vizinhança”, afirmou o delegado.

O responsável pela prisão afirmou que no dia 25 de dezembro, após saber que um vizinho já estava desconfiado do sumiço de Elias e de que algo errado havia na residência, a suspeita fugiu de madrugada para a cidade mineira de Nanuque, onde estava escondida até sua apresentação.

“A versão apresentada pela suspeita contradiz alguns pontos das investigações já realizadas que se encontram bastante avançadas e indicam uma suposta premeditação dela na prática do crime. Um dos pontos divergentes é o fato dela ter dito que a vítima morreu após bater com a cabeça no móvel, porém o laudo cadavérico indicou que não houve qualquer trauma ou lesão no corpo, o que aumenta a possibilidade de um suposto envenenamento, já ventilado nas investigações”, afirmou Dair Oliveira Júnior.

Sendo assim, diante das contradições do depoimento, o delegado disse que algumas diligências serão realizadas. “O caso deverá ser encerrado dentro de 48 horas e será encaminhado à Justiça. Por não estar em flagrante delito, após prestar esclarecimentos a suspeita foi liberada, conforme é previsto na legislação vigente”, concluiu.

 

 O crime

Elias Costa estava desaparecido desde o dia 16 de dezembro. O corpo dele foi encontrado no domingo (25), num dos cômodos da residência do casal no bairro Jundiá, dentro de uma caixa de madeira já em adiantado estado de decomposição.

Durante o depoimento, A.P.G.S. disse que o casal convivia juntos há dois anos e não tinham filhos frutos da relação. Além disso, ela afirmou que constantemente era agredida e ameaçada de morte por Elias. “Tais fatos nunca chegaram ao conhecimento da polícia, pois não foram encontrados boletins policiais relatando tais agressões”, disse o delegado.

 

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