Tangerina Ponkan é excelente opção para consumo alimentar na época de outono/inverno
No período de outono e inverno, a tangerina Ponkan tem sido uma ótima fonte de vitamina C, ajudando na prevenção de gripes e resfriados. Seu consumo in natura tem crescido bastante no Brasil e no mundo, o que indica que a produção desse alimento tem um futuro promissor.
Segundo o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica, Extensão Rural (Incaper) Sebastião Gomes, a tangerina Ponkan é considerada uma fruta suculenta, tem forma globulosa e achatada, com casca de espessura fina a média e pouco aderente que, assim como a polpa, apresenta coloração alaranjada.
“Rica em vitamina C, é mais apreciada para o consumo “in natura” por apresentar sabor agradável e facilidade de descascar (easy peeler), o que torna suas características externas, como aparência, firmeza e ausência de defeitos, muito importantes”, destacou Sebastião.
Uma das principais características, além de sua cor alaranjada, é a facilidade com que sua casca se destaca da polpa de gomos bem definidos. Assim como as demais frutas cítricas, as cascas porosas das tangerinas guardam um óleo essencial muito caldoso e de forte aroma. “O seu conteúdo em fósforo e cálcio favorece o desenvolvimento dos ossos e a presença do magnésio tonifica as articulações e os músculos. É rica em sódio e vitaminas A, B1 e C”, reiterou o pesquisador.
Entre as frutas cítricas, o consumo per capita das tangerinas tem crescido, mas existe um enorme potencial de mercado pela tendência de consumir alimentos saudáveis. As principais cultivares e os híbridos de tangerinas atualmente cultivados no Brasil, por ordem de área plantada, são a tangerina ’Ponkan’ (Citrus reticulata Blanco) (58%), o tangor ’Murcott’ [Citrus sinensis (L.) Osbeck X Citrus reticulata Blanco] (23%), a tangerina ’Cravo’ (Citrus reticulata Blanco) (11%) e a tangerina ’Montenegrina’ (Citrus deliciosa Tenore) (8%).
Consumo de tangerina
No Brasil, o consumo médio familiar de tangerina Ponkan passou de 1,17 para 1,18 kg per capita, entre 2002 e 2008. As maiores regiões consumidoras são a Sul (2,54kg) e Sudeste (1,38kg), seguidas pela região Centro-Oeste (1,03kg). As regiões Norte (0,44) e Nordeste (0,45) apresentaram crescimento bastante acentuado nesse período, sendo 128% na região Norte e 105% na Região Nordeste.
Os maiores estados consumidores de tangerina são Rio Grande do Sul (3,89 kg per capita), Santa Catarina (2,05) Distrito Federal (1,72), São Paulo (1,67), Paraná (1,43), Mato Grosso do Sul (1,32), Rio de Janeiro (1,22) e Espírito Santo (1,08). Na Europa, o consumo de tangerina per capita por ano é de 5 kg.
Produção nacional e mundial
O Brasil é o terceiro maior produtor de tangerina em âmbito mundial. Outros grandes produtores são a Turquia, o Egito, o Marrocos, o Japão, o Irã, a Itália, a Coréia, os EUA, o Paquistão, o México e a Argentina, segundo informações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 2016. São Paulo é o maior estado produtor, seguido por Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
“Diante desse cenário, observa-se a oportunidade de agregação de renda às propriedades agrícolas com a introdução de novas tecnologias que permitam melhoria da qualidade da fruta ‘in natura’ e de cultivares que propiciem ampliação do período da colheita, além de tecnologias de manejo cultural e de pós-colheita”, conclui Sebastião.
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