05/08/2010 17h10 - Atualizado em 22/01/2019 15h08

Técnicos do Incaper capacitam produtores de café em Castelo

Sustentabilidade e aumento da produtividade. Esses são os principais objetivos do Dia de Campo em Tecnologias Aplicadas ao Café Arábica na comunidade da Bateia, em Castelo, no sábado (07). O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado de agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), realiza, às 9 horas, o curso para apresentar aos produtores de café do município as técnicas mais modernas de cultivo da lavoura cafeeira.

Participarão do evento aproximadamente 200 agricultores da região, que se dividirão em três estações. A primeira aborda as técnicas de implantação e condução das lavouras; a segunda apresenta as práticas para a conservação do solo; e a última mostra como realizar o manejo adequado das lavouras. Os produtores que desejarem participar devem fazer a inscrição gratuitamente meia hora antes da abertura oficial do evento.

“O café é a base da economia de Castelo. O município possui 2.500 propriedades envolvidas com a atividade e emprega cerca de sete mil pessoas”, afirma o extensionista do Incaper de Castelo, Caio Louzada Martins.

O Dia de Campo em Tecnologias Aplicadas ao Café Arábica está incluído no programa “Renovar Arábica”, um projeto do Governo do Estado, realizado por meio da Seag.

Renovar Arábica

O programa tem como o objetivo renovar e revigorar lavouras de cafés arábica do Espírito Santo, com foco no aumento da produtividade, melhoria da qualidade do produto e de processos, visando a oferecer maior sustentabilidade da atividade.

Em três anos, 10% do parque cafeeiro do Estado foram renovados.

O programa abrange 49 municípios, que ocupam uma área de aproximadamente 190 mil hectares em mais de 20 mil pequenas propriedades de base familiar e está inserido no Programa de Cafeicultura Sustentável, baseado no Novo Pedeag – 2007-2025.

Dentre as metas estão: a renovação de 100% do parque cafeeiro de arábica com variedades recomendadas e com a utilização de boas práticas agrícolas; a ampliação da cobertura florestal em áreas vulneráveis; a elevação da produtividade média da cafeicultura de arábica de 14,6 sacas beneficiadas/ha para 22,6 sacas; e o aumento da produção que se encontra nos últimos cinco anos, entre 1,8 a 2,5 milhões de sacas, para quatro milhões de sacas, sem aumentar a área plantada.

Em três anos, 10% do parque cafeeiro do Estado foram renovados, usando boas práticas agrícolas, adotando tecnologias mais modernas e maior adensamento das lavouras. Isso culminou em um aumento de 35% da produção e 30% da produtividade, sem aumentar a área plantada.

Além disso, houve a ampliação da produção de café superior, passando de 300 mil sacas, para 1 milhão de sacas por ano; a implantação de salas de provas de café arábica em todos os municípios; e a ampliação da exportação de café com valor agregado.



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