Terceira edição do Imersão Conectada promoveu debate sobre acessibilidade e inclusão em espaços culturais
Com o tema “Acessibilidade e inclusão em espaços culturais”, aconteceu nessa quarta-feira (20), a 3ª Imersão Conectada. Com início às 14h, o encontro foi realizado na Casa da Música Sônia Cabral, Centro de Vitória. Na ocasião, o público teve oportunidade de dialogar com os palestrantes convidados: a curadora e produtora Paola Valentina, de São Paulo, e o doutor em Design Rangel Sales, de Minas Gerais.
Aberto ao público, o evento marcou ainda a estreia do documentário “Entrada Livre”, realizado pelos bolsistas que integram o Juventudes Conectadas – núcleo jovem da Midiateca Capixaba. A produção gira em torno de questões relacionadas ao acesso a espaços de arte e cultura do Espírito Santo pelas juventudes periféricas.
“Temos o compromisso de pensar e desenvolver ações e políticas públicas que sejam cada vez mais acessíveis a todas as pessoas, de acordo com as demandas da sociedade. Nossa responsabilidade, como gestores públicos, é oferecer cada vez mais iniciativas que permitam que os direitos culturais sejam exercidos. O acesso à cultura é um direito constitucional, universal, e deve alcançar todas as pessoas”, afirmou a subsecretária de Estado de Políticas Culturais, Carolina Ruas, da Secretaria da Cultura (Secult).
A subsecretária ressaltou a importância de projetos como o Juventudes Conectadas, que inclui parceiros como a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com participação de diversos colaboradores. “São muitas instituições envolvidas. Todas elas fundamentais para darmos continuidade a essas ações. Especialmente esta de hoje, que inclui o lançamento de um documentário produzido pelos jovens e reflete muito desse pensamento em torno dos desafios relacionados à inclusão, ao acesso”, ressaltou.
Carolina Ruas destacou ainda a importância de se acolher não apenas as juventudes, mas também todos os grupos considerados minoritários, que indicam os caminhos a serem seguidos pelo poder público. “Isso é fundamental para que se estabeleça um diálogo sobre o que a sociedade precisa e o que está ao nosso alcance, para que possamos caminhar juntos”, completou.
Transformação
A curadora e produtora Paola Valentina destacou a relevância da presença e participação de jovens articulados, a exemplo dos bolsistas da Midiateca Capixaba, especialmente pelas vivências diárias que iniciativas como o Juventudes Conectadas possibilitam. “Estamos falando de algo transformador, que se propaga para o futuro. Me sinto feliz de participar desta mesa de debate, junto com Rangel Sales, e poder trocar experiências, compartilhando a vontade de transformar o mundo. Sendo uma mulher trans, ao ver aqui uma menina jovem trans realizando esse trabalho, percebo o quanto essa ação é dignificante e quão esperançoso se torna nosso futuro. Que possamos propagar vitórias como essa que estamos vivenciando neste encontro.”
Rangel Sales acrescentou que as juventudes têm, cada vez mais, mostrado uma potência que ele mesmo gostaria de ter tido no passado, com a mesma idade. “Isso me reconforta o coração. Não exatamente por uma sensação de dever cumprido, pois esse dever não fui eu quem cumpriu. Mas eu me sinto muito feliz pelos resultados que esses jovens alcançaram e seguem alcançando. Fiquei emocionado com os depoimentos e otimista em relação ao futuro”, comentou.
Documentário
Realizado pelos bolsistas do Juventudes Conectadas, o filme “Entrada Livre” investiga o acesso pelas juventudes periféricas aos espaços de arte e cultura do Espírito Santo, concentrando-se nos locais abrangidos pelo acervo da Midiateca Capixaba e naqueles por onde os bolsistas costumam circular.
A produção reúne entrevistas com profissionais de diversas áreas, a fim de compreender suas trajetórias profissionais na cultura, suas reflexões sobre o acesso das juventudes em seus ambientes de atuação e as possíveis contribuições da Midiateca Capixaba para os debates e ações em torno dessa temática.
Jodizz, um dos bolsistas que realizou o documentário, ressaltou que o processo de investigar o tema da inclusão e acessibilidade, trazendo à tona as reflexões e críticas em torno disso, representa um aprendizado importante. “Fiquei impressionado ao ver que todos os entrevistados concordaram sobre quão difícil é esse acesso para pessoas da periferia, pessoas trans, pretas. Eles nos ajudaram a mostras que a etilização desses espaços realmente existe, mas que está sendo desconstruída cada vez mais, à medida que vamos ocupando esses espaços”, pontuou.
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