Torneio de xadrez movimenta Centro de Detenção Provisória de São Mateus
Vinte e quatro internos do Centro de Detenção Provisória de São Mateus (CDPSM) disputaram o 1º Torneio Interno de Xadrez da unidade nesta segunda-feira (09). A competição faz parte do projeto “Xadrez que Liberta”, que há mais de dois anos funciona nas unidades prisionais do Espírito Santo, graças à parceria entre a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e a Prefeitura de Santa Maria de Jetibá.
Após cinco etapas de quinze minutos, Alex Barbosa dos Santos conquistou o título de campeão e recebeu o direito de participar do Torneio Interunidades, previsto para outubro deste ano, quando os melhores detentos de cada unidade se enfrentarão. Todos os participantes das seletivas estão sendo filiados à Federação Espírito Santense de Xadrez (FESX), de quem receberão o título de atletas profissionais.
Para o árbitro geral do torneio, Lindomar Tonini, o nível das partidas foi surpreendente. “Os internos conheceram o xadrez em abril, quando o projeto foi inaugurado em São Mateus. Pelo tempo que estão jogando, tiveram um desempenho muito bom. Quando saírem da detenção, alguns podem se aprimorar para disputar torneios lá fora”, explicou o árbitro.
Os internos Luan Lima Souza e João Luiz Rangel do Nascimento Júnior ficaram com a segunda e a terceira colocação do torneio, respectivamente. Após receberem as medalhas do diretor Flávio Oggioni, os detentos festejaram a vitória dos companheiros e enumeraram o que aprenderam com o xadrez. “É uma oportunidade única de estimular a mente e aprender a pensar antes de agir”, resumiu o campeão Alex Barbosa.
Ressocialização
“Esse é um excelente trabalho de ressocialização. Além de acalmar os internos, o xadrez é um jogo antes exclusivo de classe alta que agora começa a se popularizar, ou seja, isso resgata o valor social dos detentos. As vitórias, as derrotas, as jogadas, tudo desenvolve a inteligência deles e mostra que são capazes de enfrentar as dificuldades”, detalhou Oggioni.
O instrutor de xadrez Johny Markeny Batista reforçou a importância do xadrez como ferramenta de ressocialização. “O jogo é como nossa vida: cada ação tem uma reação. Até onde vale trocar uma peça por outra de menor valor? Lances ruins terão de ser avaliados cuidadosamente. Tudo isso tem influência nas ações que os internos terão do lado de fora”, esclareceu.
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