A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) fechou o primeiro semestre deste ano com um aumento de 29,6% no número total de transplantes de órgãos, em relação ao igual período de 2009. Foram realizados 149 procedimentos, contra 115 do ano passado. O transplante de fígado foi o que obteve melhor índice, com um aumento de 76,9%, seguido pelo de rim (doador falecido), com 35,7%.

A coordenadora da Central de Notificação e Captação de Órgãos da Sesa, Marizete Silva, aponta as ações realizadas a partir da Política Estadual de Estímulo à Doação e Transplante de Órgãos - como investimento do Governo na abertura de novos serviços, campanhas junto à sociedade e a capacitação e orientação dos profissionais que atuam na área – como o principal motivo do aumento no número de transplantes.

“Todas essas ações foram significativas para a obtenção dos resultados. Há ainda o trabalho eficiente das Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs)”, completa a coordenadora. A Política foi lançada pela Sesa em 2009 com o objetivo de incentivar o aumento de doações, tornando o Espírito Santo referência nacional na área.

O único percentual negativo no trimestre foi relativo ao transplante de rim com doador vivo (-26,7%). Marizete Silva considera, no entanto, que o transplante entre pessoas vivas é uma opção utilizada apenas quando faltam doadores falecidos. “A Política prevê que devemos estimular a doação após a morte para diminuir a necessidade do transplante com doador vivo”, ressalta.