20/03/2025 13h21

TVE transmite seminário internacional de arte no YouTube

Nestas quinta e sexta-feira (20 e 21), será realizado pela primeira vez no Estado o Seminário Internacional Arte!Brasileiros, que chega a sua oitava edição. O evento será dividido entre o Museu de Arte do Espírito Santo (Maes) e a Casa da Música Sônia Cabral, no centro de Vitória, e a TVE, em seu propósito de difusão e popularização da cultura, vai ampliar o acesso ao seu conteúdo. Parte da programação será transmitida pelo canal da emissora no YouTube, nos dois dias, a partir das 17 horas. 

O seminário tem por objetivo mapear e debater as narrativas e práticas contra-hegemônicas nacionais e internacionais, que se manifestam no sistema da cultura e da arte contemporânea. A programação inclui workshops, apresentações, mesas de debate e uma instalação inédita no Maes, criada pelos artistas Elvys Chaves e Carlo Schiavini, com curadoria de Clara Sampaio e Nicolas Soares, além de shows musicais no encerramento. Fabriccio se apresenta na quinta-feira e Douglas Germano na sexta-feira. 

Entre os temas dos encontros estão debates sobre luta e estratégias de curadorias decoloniais nas instituições de arte contemporânea, estratégias de articulação interdisciplinar entre arte e educação, crise climática e ambiental como tema central de produções artísticas, entre outras temáticas. 

O projeto de pesquisa e curadoria do evento conta com a colaboração de Nicolas Soares, artista, curador e diretor do Museu de Arte do Espírito Santo (MAES); Fabio Cypriano, jornalista e crítico de arte, professor no programa de pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, onde é diretor da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Arte, membro do conselho editorial de Arte!Brasileiros; e de Patricia Rousseaux, psicanalista, pedagoga, fundadora e diretora editorial da Plataforma e Revista de cultura e arte contemporânea Arte!Brasileiros, desde 2010.

Com patrocínio da EDP, o evento, em parceria com o Maes, é uma realização da Atmo e da Arte!Brasileiros, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), por meio da Secretaria da Cultura do Espírito Santo (Secult).

 

Serviço 

Transmissão do VIII Seminário Internacional Arte!Brasileiros: Narrativas contra-hegemônicas, no YouTube da TVE: https://www.youtube.com/@tveespiritosanto

Quinta-feira (20)

Abertura oficial: 17h. 

Performance de Glicéria Tupinambá: 17h30

Mesa 1: 18h.

‘Experiências da luta anticolonial no sistema das artes: por uma contraofensiva saudável, radical e com amor’ 

Relatos de artistas, curadores e pesquisadores que desenvolvem projetos dissidentes, que conseguem se situar à margem de políticas institucionais rígidas e estimulam um pensamento e uma prática inclusivas.

Mediação: Fabio Cypriano (crítico de arte, professor da PUC-SP). 

Participantes: Lia D Castro (artista, Brasil), Marcus Vinicius Sant’Ana (historiador, pesquisador ES) , Guilherme Marcondes (sociólogo, antropólogo, UFRJ, SP).

Mesa 2: 20h.

‘O desafio da luta decolonial nas instituições’

O objetivo é refletir como é possível dentro do campo institucional e mesmo em espaços “desinstitucionalizados” a inserção de artistas e práticas até recentemente sem visibilidade em museus, centros culturais e grandes mostras. 

Mediação: Nicolas Soares (artista, curador, diretor do Museu de Arte Espirito Santo - MAES)

Participantes: Deri Andrade (pesquisador e curador, Inhotim, BH); Luciara Ribeiro (pesquisadora, Sertão Negro, Goiás);  José Eduardo dos Santos (pedagogo, psicólogo, doutor em Saúde Pública, Acervo da Laje, Bahia). 

Apresentação de Fabriccio: 21h30. 

Natural de Vitória, é multi-instrumentista, compositor e produtor musical. Suas canções exploram temas como afetividade, sensibilidade masculina e espiritualidade, com influências da literatura, do cinema e da magia presente no cotidiano. Foi indicado ao Prêmio APCA de Artista Revelação (2021) e ao Prêmio da Música Capixaba (2023) na categoria Destaques Vozes Negras. Já se apresentou em palcos como Favela Sounds (Brasília), Festival Path, Blue Note SP, Mundo Pensante, Virada Cultural SP e diversas unidades do SESC, além de showcases no Sim São Paulo e Formemus.

Sexta-feira (21)

Seminário: 17h.

Apresentação Malcolm Ferdinand: ‘A crise ambiental no limite da civilização’: 17h30. 

Escritor e pensador martinicano falará sobre a importância de não dissociar a questão ecológica da questão colonial, mostrando em que medida a destruição do meio ambiente está ligada tanto na sua origem como nas suas consequências ao legado colonial, propondo saídas para a tempestade em que nos encontramos. 

Mesa 3: 18h30. 

A deseducação potencial’

“Desaprender é voltar à recusa inicial da despossessão e ao mundo no qual ela teve origem e trazer esse momento para nosso presente, em vez de buscar antiimperialismos futuros e melhores”, defende a artista e acadêmica Ariela Aïsha Azulay. Busca-se nesta mesa trazer um debate no que diz respeito ao papel da educação, por meio de projetos que questionam as estratégias formais desse campo.

Mediação: Gabriela Leandro Pereira (Gaia), arquiteta, professora e curadora.

Participantes: Horrana de Kassia (Instituto Moreira Salles, SP); Gleyce Heitor (curadora, professora, Inhotim, MG); Napê Rocha (pesquisadora, ES).

Mesa 4: 20h. 

“Arte é conversa das almas, a arte alimenta a vida” 

A frase de Nego Bispo norteia a última mesa, ressoando seu pensamento de que arte não pode ser mercadoria.  Reunindo artistas e curadores, essa mesa busca traçar um panorama contemporâneo de poéticas artísticas contracolonialistas.

Mediação: Patricia Rousseaux (diretora editorial arte!brasileiros, educadora, Brasil)

Participantes: Sandra Gamarra (artista, Peru); depoimento exclusivo Kiluanji Kia Henda (artista, Luanda);  Luciano Feijão (artista, ES).  

Encerramento:  Depoimento Rosana Paulino (artista, Brasil) 

 

Apresentação de Douglas Germano: 21h30.


Douglas Germano é compositor, violonista e atua na cena musical desde a década de 1980. Com cinco álbuns lançados, sua obra transita pelo samba e suas vertentes. Foi diretor musical da Cia. Teatro X, assinando trilhas para nove espetáculos, incluindo Calígula (2002), que lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Trilha Original (2003). Finalista do 23º Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantor de Samba por Orí, venceu o Prêmio Multishow 2016 na categoria Música do Ano com “Maria de Vila Matilde” e foi finalista do Grammy Latino na categoria Melhor Música em Língua Portuguesa.

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