10/11/2010 20h36 - Atualizado em 18/01/2019 15h26

Última semana para visitar a exposição ‘Só Lâmina’ de Nuno Ramos no Maes

Quem ainda não visitou a exposição “Só Lâmina”, do artista plástico Nuno Ramos tem até o próximo domingo (14) para conhecer as obras no Museu de Artes do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes), no Centro de Vitória. A mostra, que teve abertura oficial dia 05 de outubro, já recebeu mais de dois mil visitantes.

A mostra é realizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com o Serviço Social do Comércio do Espírito Santo (Sesc-ES). O espaço cultural funciona de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas; e nos sábados e domingos, das 12 às 18 horas. A entrada é franca.

Com um olhar reflexivo sobre a realidade, “Só Lâmina” explora as várias possibilidades que a arte contemporânea apresenta. A exposição é apresentada em três trabalhos: “Só Lâmina”, “Luz Negra” e “Carolina”. Cada um deles representa e exemplifica uma dimensão importante e significativa da já extensa obra de Nuno Ramos.

Durante a exposição foram desenvolvidas atividades destinadas ao público, que possibilitaram a formação e a reflexão a partir da obra de Nuno Ramos, como ciclo de palestras; rodas de conversa; encontros de arte-educação; formação de professores; oficinas de Stop-Motion e de produção coletiva de vídeo além do projeto “Maes para todos”, que reuniu mais de mil alunos da rede pública estadual no Museu.

Todas as ações foram desenvolvidas com a participação de profissionais especializados, e oportunizaram o debate sobre as temáticas apresentadas na mostra.

O artista

Nuno Ramos nasceu em São Paulo, em 1960. Escultor, pintor, desenhista, cenógrafo, ensaísta e videomaker, ele cursou filosofia na Universidade de São Paulo (USP), de 1978 a 1982.  Trabalhou como editor das revistas Almanaque 80 e Kataloki, entre 1980 e 1981.

Começou a pintar em 1983, quando fundou o Ateliê Casa 7, com Paulo Monteiro (1961), Rodrigo Andrade (1962), Carlito Carvalhosa (1961) e Fábio Miguez (1962), grupo de grande importância na cena paulistana e que existiu até 1985.

Participou da XVIII Bienal Internacional de São Paulo, em 1985, a primeira de muitas que viria participar. Nuno realizou seus primeiros trabalhos tridimensionais em 1987. No ano seguinte, recebeu do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) a primeira Bolsa Émile Eddé de Artes Plásticas.

Em 1992, expôs pela primeira vez a Instalação 111, que se refere ao massacre dos presos na Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru) ocorrido naquele ano. Publicou em 1993, o livro em prosa “Cujo” e, em 1995, o livro-objeto “Balada”.

Em 2000, Nuno venceu o concurso realizado em Buenos Aires, na Argentina, para a construção de um monumento em memória aos desaparecidos durante a ditadura militar naquele país. Em 2001, publicou o livro de contos “O Pão do Corvo”.

Para compor suas obras, o artista emprega diferentes suportes e materiais, e trabalha com gravura, pintura, fotografia, instalação, poesia e vídeo. Em 2007, Nuno publicou “Ensaio geral”, uma coletânea de ensaios e projetos.

Exposição “Só Lâmina”, de Nuno Ramos
Até 14 de novembro
Horário de Visitação: Terça a sexta-feira – 10 às 18 horas
                                       Sábado e domingo – 12 às 18 horas
Visitas mediadas pelo site www.secult.es.gov.br



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