Urgência e Emergência do Hospital Dr. Jayme completa a marca de 300 mil atendimentos
Trezentos mil pacientes atendidos. Essa foi a marca alcançada pelo setor de Urgência e Emergência do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, em apenas quatro anos de funcionamento. A tricentésima milésima paciente foi a senhora Osvaldina de Araújo Souza, de 68 anos, que procurou o hospital com queixas semelhantes a um acidente vascular cerebral (AVC).
“Eu já conhecia o hospital por ouvir outras pessoas falando dele e não tive dúvidas, além de morar perto, eu queria ser atendida aqui. Quando cheguei fui bem recebida pelas enfermeiras que me examinaram e logo me encaminharam ao médico. Foi tudo muito bom, vocês estão de parabéns”, disse a paciente.
Osvaldina faz parte dos 98% de pacientes atendidos no setor de urgência e emergência que avaliam como muito satisfeitos o suporte e assistência recebidos. Referência em traumas e urgências clínicas, o pronto-socorro conta com cerca de 18 médicos e cinco residentes presentes em cada plantão, divididos nas especialidades de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ortopedia e Traumatologia, Neurocirugia, Cirurgia Vascular e Cirurgia Torácica. Além dos profissionais de enfermagem e da equipe multidisciplinar que trabalham incansavelmente para atender às demandas.
“O setor é um hospital dentro de um hospital, são 55 leitos e suporte para medicações e observações médicas, somado às salas para exames, procedimentos e consultórios. A complexidade dos casos atendidos e o volume de pessoas assistidas, inicialmente, causam um impacto e só é possível desenvolver esse trabalho com organização e uma equipe extremamente preparada”, avaliou o diretor técnico do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, Eric Teixeira Gaigher.
Ao longo desses quatro anos, casos emblemáticos marcaram a história da urgência e emergência. O coordenador médico do setor lembra-se do investigador da Polícia Civil Roberto Avelino, que levou um tiro. “A agilidade e experiência da equipe salvaram a vida do Roberto. O paciente fez uma parada cardiorrespiratória e os médicos iniciaram, imediatamente, a reanimação cardiopulmonar sem sucesso. Em poucos instantes, ainda na Sala de Choque, decidiram realizar uma toracotomia de urgência, ou seja, abriram o peito e massagearam o coração do paciente com as mãos, recuperando os batimentos”, recordou Alexandre Bittencourt.
Outro caso foi o do Felix Wendel Schultz, e que rendeu à equipe uma placa em agradecimento. O paciente procurou o hospital com fortes dores no peito iniciadas durante um jogo de futebol. No momento do atendimento médico, o paciente evoluiu com uma parada cardíaca sendo reanimado por 33 minutos.
“Nesses anos coordenando o setor, nunca vi as equipes desistirem de um paciente, eles não medem esforços e investem toda a experiência e fé nos casos. A história do Felix é simbólica porque até a trombólise venosa foi necessária”, garantiu Alexandre Bittencourt.
A esposa do Felix comentou que o atendimento prestado pelo setor foi essencial para salvar a vida dele. “Meu marido morreu e ressuscitou! Só podemos agradecer ao hospital porque se o Felix está vivo hoje é graças aos médicos que o atenderam. Se eu pudesse dar uma nota, seria mil”, elogiou Maria Aparecida Costa de Souza.
O pronto-socorro também se destaca pelos atendimentos prestados às múltiplas vítimas. O setor tem um protocolo instituído usado em casos de atendimento há mais de 10 pacientes vítimas de um único acidente. A organização é o grande diferencial. Cada profissional sabe exatamente qual a sua função nesses casos e todos os profissionais da instituição ficam alertas para realocações. “Em 2015, um acidente envolvendo um caminhão-tanque e um ônibus trouxe 37 pacientes, de uma única vez, para o Hospital Dr. Jayme. O protocolo foi colocado em prática e todos os pacientes atendidos, sem esquecer é claro, dos demais atendimentos”, lembrou o coordenador médico da Urgência e Emergência, Alexandre Bittencourt.
Para o diretor-geral da unidade, Rogerio Griffo, os números traduzem a importância do setor para o Estado. “Fazemos uma média de 75 mil atendimentos por ano, desses, a grande parte representa as classificações vermelha, laranja e amarela, ou seja, grande urgência, casos graves e que merecem atenção”, completou Rogerio Griffo.
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