23/08/2010 18h20 - Atualizado em 22/01/2019 14h36

Vacinação contra a Poliomielite continua até sexta-feira (27)

Os pais ou responsáveis pelas crianças com até cinco anos de idade, que ainda não se vacinaram contra a poliomielite ainda podem procurar um dos 2.400 postos de vacinação até o dia 27 de agosto, pois a vacina continua disponível na rede pública. A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite (paralisia infantil) teve seu “Dia D” em 14 de agosto, quando foram vacinadas aproximadamente 178 mil crianças, atingindo uma cobertura de 64%.

A meta preconizada pelo Ministério da Saúde, para esta segunda etapa, é de vacinar pelo menos 264.038 crianças, para que seja alcançada a cobertura de 95% da população capixaba menor de cinco anos de idade. No Estado, a primeira etapa, realizada no último dia 12 de junho alcançou 93% de cobertura, que corresponde a 258.155 crianças vacinadas.

De acordo com a coordenadora da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Marta Casagrande, o objetivo é atingir o maior número possível de crianças. “A vacina é indolor e simples, são apenas duas gotas administradas por via oral. É importante que o Cartão da Criança seja levado para que outras vacinas do calendário básico sejam atualizas, caso seja necessário, completa a coordenadora.

Em 2009, na primeira etapa da campanha, foram vacinadas 271.498 crianças no Estado, com cobertura final de 97,83%, sendo que 62 dos 78 municípios capixabas (79,5%) alcançaram a cobertura mínima. Na segunda etapa, 272.960 crianças foram vacinadas, com cobertura de 98,36% e 62 municípios (79,5%) alcançaram a meta.

Quem não deve se vacinar

Não há contra-indicações absolutas para a administração da vacina oral contra a poliomielite. No entanto, ela deve ser evitada em crianças portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38º C, diarréia ou vômito e com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina.

Além disso, a imunização deve ser evitada nas meninas e meninos que já tenham apresentado alguma reação anormal à vacina, e imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou com deficiência imunológica congênita.

A vacina contra a poliomielite não deve ser administrada em crianças submetidas a tratamento com corticosteróide, antimetabólicos, radiação ou a qualquer terapia imunossupressora.

A doença

A poliomielite ou paralisia infantil, como é popularmente conhecida, é uma doença infecto-contagiosa, causada por um vírus. Ele acomete em geral os membros inferiores e tem como principais características a flacidez muscular e pode levar à morte ou a sequelas paralíticas irreversíveis.

Atualmente ainda há risco de reintrodução do vírus da pólio no Brasil, e por isso as campanhas se mantêm como uma ação necessária de prevenção desde 1980. O último caso de paralisia infantil registrado no País foi em 1989. No Estado, a última notificação foi em 1987. Em 1994, o Brasil recebeu o certificado Internacional de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem.


 

 



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