Vice-governadora emociona professoras em evento no Sinpro/ES
A vice-governadora Jaqueline Moraes dedicou a noite dessa sexta-feira (22) às comemorações do Mês da Mulher no Sindicato dos Professores no Estado do Espírito Santo (Sinpro/ES). A entidade promoveu uma mesa redonda com o tema “Mulher: Realidade, Violência e Luta, um espaço democrático”, em que foram debatidos os desafios e perspectivas sobre a condição feminina. A secretária de Estado dos Direitos Humanos, Nara Borgo, também participou do evento.
Durante sua fala, Jaqueline Moraes falou sobre a importância da data e a mudança no papel das mulheres na sociedade devido à luta e o investimento no poder da informação como forma de transformar o mundo. “O que separa as mulheres negras de qualquer outra mulher é a oportunidade. E a oportunidade nós as criamos através do conhecimento. O conhecimento promove mudanças e vai nos proporcionar a igualdade na nossa sociedade”, destacou.
Ela alertou, porém, que o caminho da igualdade é longo e necessita do empenho de todas. “Temos que comemorar o avanço da luta por igualdade, mas também temos que ficar de luto por todas as mulheres que sofreram e ainda sofrem com a desigualdade do gênero”, lembrou. Ainda para Jaqueline Moraes, o Dia da Mulher não deve ser apenas uma “comemoração comercial”, mas deve ser aproveitado para praticar e ensinar a sororidade.
As participantes da mesa do evento também fizeram discursos sobre a necessidade de dialogar sobre a realidade das mulheres no Estado e também no Brasil. A secretária Nara Borgo fez uma explanação sobre como a realidade das mulheres é violenta. Ela relatou ainda trajetória do feminismo trazendo, em especial, o que chamou da invisibilidade das mulheres no poder. “Com o passar do tempo, cada vez mais, as mulheres vão ficando invisíveis em algumas atividades”, lembrou.
A coordenadora do Fórum Nacional de Mulheres Negras, Andréa dos Santos Nascimento, conversou sobre a violência no Brasil e de como a mulher negra está inserida na sociedade. Segundo ela, “a violência tem gênero e cor, tanto que metade da força de trabalho no Brasil é de mulheres e negras”. Larissy Soares de Oliveira, por sua vez, contou sua trajetória no samba e sobre o seu trabalho como diretora de passistas. Para ela, o samba é tratado como forma de luta e de resistência, espaço em que as passistas se empoderam, cada vez mais, através dele.
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