Vice-governadora participa de homenagem ao Mês das Mulheres no Ifes
A vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes, participou na tarde dessa segunda-feira (18) das atividades em homenagem ao Mês das Mulheres, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes/Campus Vitória).
Ela participou de uma reunião na reitoria da instituição para debater os projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos pelo Ifes em parceria com o Governo do Estado. Após o encontro, a vice palestrou no Seminário "Mulheres e o Desenvolvimento Nacional", evento promovido pelo Coletivo Ifeminista de combate ao machismo dentro dos Institutos Federais do Espírito Santo e o Grêmio Rui Barbosa.
Ainda no Ifes, a vice-governadora participou, no Centro de Referência em Formação e em Educação a Distância (Cefor), da XXI edição do projeto “Meninas Digitais - Menina Lovelace”. Jacqueline Moraes esteve do Papo Cabeça com o tema “Os desafios de permanência de mulheres na computação e na EaD”. A professora Márcia Gonçalves ministrou a palestra, intitulada “O Moodle de Lovelace: uma chamada de meninas para a computação”, e logo após, aconteceu uma mesa-redonda, com a participação da vice-governadora.
A participação e a produção de conhecimento da mulher em espaços tradicionalmente masculino tomou conta dos debates, sobretudo, como as desconfianças exigem provas de habilidade e competências por causa do gênero. Na fala da coordenadora do curso, Maria Alice Ferreira de Souza “a boa notícia é que a sociedade melhorou muito e hoje temos uma vice-governadora, uma diretora, uma coordenadora de pesquisa e extensão, hoje temos várias matemáticas só neste nosso universo aqui”, disse.
Na apresentação da professora, Márcia Gonçalves Oliveira, várias histórias relatadas por alunas e docentes mostraram que no âmbito tecnológico e técnico a emancipação das mulheres de fato é necessária e que a luta por uma educação inclusiva terá que dar “perspectiva às mulheres, por igualdade salarial e de cargos. Precisamos lutar para que todas tenham condições de se empoderarem para chegaram aos espaços de estudo”, ressaltou.
A vice-governadora, Jacqueline de Moraes, utilizou sua própria história para falar sobre a mulher em espaços tradicionalmente masculinos. Para ela, essas construções mentais de desconfiança sobre a competência das mulheres para desempenhar tarefas com predominância masculina são ensinadas de geração para geração.
“Eu fui camelô por 20 anos em um ambiente masculino e consegui ocupar a presidência do Sindicato dos Vendedores Ambulantes de Vitória. Em Cariacica, eu fui eleita vereadora em uma Câmara Municipal essencialmente masculina. E hoje, sou primeira vice-governadora negra e de periferia do Estado do Espírito Santo. A vida exige de nós mulheres informação. E informação é poder. E é através deste poder que nós mulheres romperemos o significado da igualdade de gênero e alcançaremos de forma igualitária, como é minha meta, os espaços de decisão política”, disse.
No teatro do Ifes Campus Vitória, nesse mês de jornada de lutas da UBES, o Coletivo Ifeminista e o Grêmio Rui Barbosa junto ao Movimento Estudantil Unificado debateram o tema "Mulheres e o Desenvolvimento Nacional". Para um auditório repleto de adolescentes, a vice-governadora lembrou que “é preciso ter um projeto de desenvolvimento nacional que aponte para um caminho de igualdade entre homens e mulheres".
Em sua fala, Jacqueline Moraes ressaltou que a sociedade brasileira precisa parar de violentar as mulheres com ações antidemocráticas e misóginas. Na visão da vice-governadora “é preciso ter um projeto de desenvolvimento nacional que aponte para um caminho de igualdade entre homens e mulheres. “É preciso compreender que, se não tiver a participação das mulheres, não existirá projeto de desenvolvimento. Desenvolver o Brasil passa por superar a desigualdade de gênero”, destacou.
A vice-governadora disse também que “quando o Brasil tiver realmente mudado, já teremos alcançado a Agenda 50/50 da ONU e nós mulheres estaremos em todas as instâncias de poder. Esta transformação do Brasil se dará pela luta das mulheres”, porque, segundo ela, “até aqui contou com nossa luta, mas o poder ainda é machista”, afirmou.
Na agenda da Reitoria do Ifes, o reitor Jadir Pela enumerou os projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos pelo Ifes realizados em parceria com o Governo do Estado. Ele pediu a ajuda da vice-governadora no sentido de intensificar, cada vez mais, esta pauta de colaboração.
Participaram dos eventos, além do reitor Jadir Pela, a coordenadora do Cefor/Ifes, Maria Alice Ferreira; a professora do Ifes, Layla Gama; a professora do Cefor/Ifes, Márcia Gonçalves; a gerente de Juventude, Fabricia Barcelos; a representante da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), Maurienne Mattos; a integrante do Coletivo IFeminista, Vitória Emília e a representante do Grêmio Rui Barbosa, Gabriely Fantin.
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