20/10/2016 14h53 - Atualizado em 20/10/2016 14h55

11º Fórum: Sesa reforça prevenção da sífilis em gestantes

Para discutir o enfrentamento da sífilis no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenação de DST e Aids, realiza nesta sexta-feira (21), 11º Fórum Estadual sobre Sífilis em Gestantes e Sífilis Congênita. O evento acontece a partir das 8 horas, no auditório da Fecomércio, em Santa Lúcia, Vitória. O Fórum contará com a participação de profissionais de saúde municipais dos serviços de Pré-Natal, dos Programas Materno-Infantil, das coordenações municipais de Doenças Sexualmente Transmissíveis DST/Aids e HIV  e da vigilância epidemiológica em DST.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada por uma bactéria e, muitas vezes, é silenciosa.  Se transmitida de mãe para filho durante a gestação, pode causar complicações na criança e até a morte do feto. A Sesa incentiva a realização dos testes rápidos de sífilis, a adesão ao tratamento quando diagnosticada a infecção, além do sexo seguro com uso de preservativo.

De acordo com a referência técnica da Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Sesa, Bettina Lima, o teste rápido para sífilis pode ser realizado em unidades básicas de saúde e deve ser feito pelo menos uma vez por ano por pessoas sexualmente ativas. Já para gestantes, o teste rápido deve ser feito duas vezes durante a gestação: na primeira consulta do pré-natal e no terceiro trimestre da gravidez.

“É preciso frisar que na maioria das vezes a sífilis não tem sintomas como dor ou ferida, por isso, é importante realizar o teste rápido e os demais exames necessários para detecção da doença. E se diagnosticada, é imprescindível tratar adequadamente a infecção nos serviços de saúde disponíveis”, explica a referência técnica. Ela acrescenta que se a gestante for diagnosticada com sífilis, o parceiro também deve ser tratado. 

Segundo Bettina Lima, o tratamento é definido de acordo com o caso do paciente. A penicilina benzatina, medicamento indicado para o tratamento, é aplicada de acordo com um esquema indicado pelo médico, podendo ser em uma ou em três doses. “O paciente diagnosticado com sífilis deve se tratar corretamente para que a infecção não se agrave e atinja órgãos como o coração e até o cérebro”, explica.

No caso da gestante, a sífilis pode ser transmitida ao feto e ocasionar abortamento, a morte da criança ainda na barriga da mãe ou logo após seu nascimento, além de diversas outras sequelas. “As mulheres que desejam engravidar devem fazer exames incluindo sífilis e as que estão grávidas devem iniciar o pré-natal o mais precoce possível e levar seus parceiros pelo menos em uma consulta para que ele também faça os exames”, reforça a referência técnica da Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Sesa, Bettina Lima.

Dados

De 2013 a 2015 os casos de sífilis em gestantes aumentaram 43,5% no Estado, segundo dados da Coordenação Estadual de Doença Sexualmente Transmissível (DST) e Aids da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número reflete no crescimento de casos de sífilis congênita, ou seja, transmissão da doença de mãe para filho. Neste período, o aumento de sífilis congênita foi de 68,5% no Espírito Santo.

Casos notificados de gestantes com sífilis no Espírito Santo

Casos notificados de sífilis congênita no Espírito Santo

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

Jucilene Borges

 jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br

Juliana Rodrigues

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 Ana Carolina Stutz

 anapinto@saude.es.gov.br

 Juliana Machado

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Isabel Pimentel

isabelpimentel@saude.es.gov.br

 Texto: Ana Carolina Stutz

 Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776

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