25/03/2015 16h00 - Atualizado em 22/08/2016 15h04

Campanha de vacinação contra HPV termina na próxima semana

A campanha de vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) segue até o dia 03 de abril em todo o Espírito Santo. Conforme os dados informados pelos municípios capixabas, até o momento, 16.613 meninas na faixa etária de 09 a 11 anos receberam a primeira dose da vacina, o que representa 19,05% do público-alvo a ser imunizado. O número de garotas e mulheres soropositivas de 09 a 26 anos vacinadas ainda não foi informado pelos municípios.

A vacina contra HPV está disponível nas unidades de saúde, e em alguns municípios ainda há campanhas sendo realizadas também nas escolas. Segundo a referência técnica do Programa Estadual de Imunizações, Martina Zanotti, meninas de até 13 anos que não receberam a primeira dose da vacina na campanha do ano passado poderão ser vacinadas. E caso a menina não tenha tomado a segunda dose, poderá ser vacinada mesmo que já tenha completado 14 anos.

De acordo com Martina Zanotti, as garotas e mulheres soropositivas de 09 a 26 anos podem receber a vacina no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), que funciona anexo ao Hospital Estadual Infantil de Vitória. Quem mora no interior, pode solicitar a vacina em uma unidade de saúde. Em ambas as situações é preciso apresentar prescrição médica.

Até o encerramento da campanha, a meta é imunizar, com a primeira dose da vacina, 69.776 meninas de 09 a 11 anos e 480 garotas e mulheres de 09 a 26 anos soropositivas, ou seja, 80% do público-alvo de cada grupo. “Embora esteja sendo realizada essa mobilização nas escolas, esta não é uma vacinação de rotina, ou seja, terminada a campanha, a vacinação continua em todas as unidades de saúde ao longo do ano”, esclarece a referência técnica do Programa Estadual de Imunizações.

 

Sobre o papilomavírus humano

 

O HPV (papilomavírus humano) é uma família de vírus que causa diversas doenças, entre elas câncer de colo do útero, de vagina, vulva e ânus. Existem mais de 150 tipos de HPV. A vacina oferecida na rede pública de saúde protege contra quatro deles: dois são responsáveis por 90% das verrugas genitais e os outros dois pelo aparecimento de aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero. Daí a importância de as meninas receberem a vacina no tempo certo.

Na maioria das vezes, o HPV é sexualmente transmissível e é de fácil transmissão, por isso, o é ideal que a vacina seja aplicada antes do início da vida sexual. De acordo com a referência técnica do Programa Estadual de Imunizações, estudos apontam que o melhor momento para administrar a vacina contra o HPV é na faixa etária de 09 a 13 anos. Isso porque nessa fase da vida a vacinação induz o corpo a produzir níveis muito mais altos de anticorpos do que a imunidade natural produzida pela infecção do HPV.

Autorização

 

As meninas que comparecerem às unidades de saúde para vacinação não precisam de autorização ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. No entanto, os pais que não autorizarem a vacinação das meninas nas escolas devem assinar um termo de recusa.

 

Reações adversas

 

De acordo com a referência técnica do Programa Estadual de Imunizações, reações adversas na aplicação da vacina contra o HPV são raras, mas podem ocorrer reações leves após a vacinação, como dor no local da aplicação, vermelhidão na pele, dor de cabeça, febre, desmaio ou reações alérgicas.

No entanto, o aparecimento de algumas reações pode estar relacionado a fatores como jejum prolongado, medo da injeção, locais quentes e superlotados, permanência de pé por longo período de tempo e fadiga.

Martina Zanotti explica que pode acontecer a chamada reação de ansiedade pós-vacinação, que é uma reação passageira. Para reduzir a possibilidade dessa reação, recomenda-se que as meninas sejam vacinadas sentadas e observadas por pelo menos 15 minutos. Se ocorrer qualquer tipo de reação à vacina, a pessoa deve procurar um serviço de saúde.

A referência técnica alerta que a vacina é contraindicada para gestantes, pessoas que tiverem alergia ao princípio ativo ou a qualquer um dos componentes da vacina, e também para quem teve alergia grave após receber uma dose anterior da vacina contra HPV.

 

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

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Texto: Juliana Rodrigues

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