21/06/2016 14h30 - Atualizado em 07/07/2016 16h07

Corpo de Bombeiros anuncia operação estiagem

Numa coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira (21), no quartel da Enseada do Suá, o Corpo de Bombeiros anunciou o início da Operação Estiagem 2016. Trata-se do resultado de um meticuloso planejamento e que objetiva reforçar as ações de prevenção para evitar/minimizar a ocorrência de incêndios em vegetação no período de estiagem (julho a outubro 2016), e otimizar as ações de resposta diante da perspectiva do aumento dessas ocorrências, nesse mesmo período.
 
A coletiva contou com a presença do secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), André Garcia; do comandante geral do Corpo de Bombeiros, o coronel Carlos Marcelo D’Isep Costa; do diretor presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Albertone Sant’ana Pereira; o diretor de apoio logístico do Corpo de Bombeiros, o coronel Félix Gomes Martins; o diretor de operações do Corpo de Bombeiros, o tenente coronel Cerqueira; e o coordenador adjunto da coordenadoria estadual de defesa civil (COMPDEC), o tenente coronel Vassoler.
 
Dentre as várias ações que foram anunciadas estão o treinamento de 378 pessoas para integrar Grupos de Combate a Incêndio Florestais (GCIFs) nos municípios; a distribuição de kits de combate a incêndio florestal; a articulação e remanejamento de efetivo e viaturas entre os diversos órgãos do Corpo de Bombeiros, e que permitirá destinar até 300 combatente e 14 viaturas exclusivamente para os incêndios florestais; entre outros.
 
A articulação e cooperação com outros órgãos públicos, e mesmo organizações privadas, também constitui um aspecto de altíssima relevância na Operação Estiagem, pois muitas são as instituições que possuem conhecimento, recursos materiais e humanos que podem contribuir decisivamente na prevenção e combate aos incêndios em vegetação.
 
Vinte e sete municípios serão atendidos inicialmente com os kits de combate a incêndios florestais, e foram selecionados levando em conta as estatísticas de ocorrência desses incêndios. O Corpo de Bombeiros estima investir, aproximadamente, R$ 180 mil na aquisição desses kits, que contemplam bombas costais, abafadores, enxadas, pás, luvas de proteção, máscaras e facões.
 
A população, por ter enorme importância na prevenção e/ou redução dos incêndios florestais, será alvo de ações de sensibilização, sendo convocada a exercer papel ativo nessa operação evitando práticas como acender fogueiras, jogar pontas de cigarro acesas em áreas com cobertura vegetal, não praticar queimadas sob quaisquer pretextos e denunciando tais práticas.
 
O cenário é grave e impacta a todos, em maior ou menor proporção. Enfrentamos um longo período de estiagem e que deve se prolongar até outubro de 2016. Vários incêndios florestais de grande expressão ocorreram no Espírito Santo recentemente, causando danos muito significativos. Num cenário como esse que está desenhado, o Governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros, precisa estar preparado para as respostas que serão exigidas no que diz respeito a tais ocorrências, e é a isso que se propõe, de forma geral, a Operação Estiagem.

Iema prioriza ações para combate a incêndios nos Parques

Como forma preventiva para o período mais crítico da estiagem, o monitoramento, fiscalização e combate a incêndios florestais agora estão sendo priorizados nas Unidades de Conservação (UCs) gerenciadas pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Para isso, a equipe do Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevines) realizou capacitações com os servidores do Instituto, comprou equipamentos e estabeleceu procedimentos para alertas e relatórios após os episódios.

Por meio do Prevines foi possível observar que a maior parte dos incêndios nas UCs gerenciadas pelo Iema ocorre entre os meses de agosto e outubro, sendo que a maioria deles está associada ao uso do fogo para queima de lixo e limpeza de terrenos.

Um levantamento feito pelo programa identificou que em 2014 foram 37 ocorrências nas unidades. Em 2015, foram 40. A maior parte dos incêndios é descoberta durante a ronda dos gestores das unidades ou por meio de denúncias da população que mora próxima à região. Por isso, são importantes também as ações de educação ambiental realizadas pelos Parques ao longo do ano, principalmente, com alunos de escolas vizinhas.

Por meio do Prevines, criou-se um modelo de acionamento padrão entre as UCs visando uma resposta rápida ao atendimento e também um modelo padrão de Relatório de Ocorrência de Incêndios Florestais (ROIF). Estes documentos possuem informações sobre a duração do incidente, área atingida, tipo de vegetação, custos empenhados, tempo de resposta, etc. O registro sistematizado permite uma análise ampla sobre esses desastres, a fim de viabilizar a definição de estratégias futuras de prevenção e combate.

O programa também realizou capacitações em 2015 para 24 servidores públicos do Iema, que atuam diretamente nas ações de manejo e proteção das UCs e adquiriu novos equipamentos tais como mochila costal, moto bomba, esguichadores, mangueira, entre outros. 

O Iema é o órgão ambiental responsável pela gestão de 17 UCs do Espírito Santo. Seis delas são Parques Estaduais, ou seja, a categoria é de proteção integral. São eles: Parque Estadual da Pedra Azul, Parque Estadual Cachoeira da Fumaça, Parque Estadual Forno Grande, Parque Estadual de Mata das Flores, Parque Estadual Paulo Cesar Vinha e Parque Estadual de Itaúnas.

Prevines

O Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevines) no biênio 2014/2015 tem as Unidades de Conservação (UC’s) do Estado e seus entornos como áreas prioritárias para suas ações. O Prevines é responsável por executar ações planejadas e permanentes de monitoramento, prevenção, fiscalização e combate aos incêndios florestais. Estas iniciativas são priorizadas no período crítico de ocorrência desses desastres.

A coordenação geral do programa é do Iema, e também o integram o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, Defesa Civil do Espírito Santo, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), a Casa Civil e a Política Militar.

 

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