Cultura da pimenta-do-reino é tema de palestra
Atualmente o café arábica é a principal fonte de renda do município de Alto Rio Novo, no norte do Estado. Mas, uma cultura que chamado a atenção dos agricultores familiares, especialmente pelo preço de mercado, é a pimenta-do-reino. Por este motivo, nesta quinta-feira (18) o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) irá realizar um dia especial sobre a cultura no município.
O extensionista e chefe local do Incaper em Alto Rio Novo, Tiago dos Santos, irá palestrar para mais de 30 agricultores, no auditório do Posto de Saúde do município e, em seguida, todos irão acompanha-lo até a propriedade do produtor de café Ozéas Eduardo Tavares, que decidiu diversificar a suas culturas e plantou recentemente três mil pés de pimenta-do-reino.
Atualmente, o município de Rio Novo tem expandido a cultura de pimenta-do-reino em consórcio com outras culturas e possui em torno de 15 mil pés. Dentre o conteúdo abordado estão nutrição, implantação da cultura, escolha da área, adubação, irrigação adequada, tutores, escolha das mudas e suas variedades e técnicas de poda para formação.
Produção de pimenta-do-reino no Espírito Santo
De acordo com informações da Seag, nos últimos três anos, os preços da pimenta-do-reino permaneceram em alta, fato que animou produtores e empresários do setor. Somente no primeiro semestre de 2013 foram exportadas quase 3,6 mil toneladas de pimenta para os Estados Unidos e vários países da Europa e Ásia. As divisas geradas com as exportações somaram US$ 22,5 milhões de janeiro a junho deste ano, ficando atrás apenas de celulose e cafés, no ranking das exportações do agronegócio capixaba.
“A expansão e a renovação dos plantios, aliadas à melhoria da qualidade do produto verificadas nos últimos anos, comprovam a rentabilidade da atividade, que gera mais de R$ 70 milhões de renda bruta – por ano – para os produtores. O cenário é de que vamos atingir uma produção acima de 10 mil toneladas, nos próximos três ou quatro anos”, estimou Valchirio.
O Espírito Santo é o segundo produtor e exportador nacional – com 6,7 mil toneladas – de pimentas-do-reino produzidas anualmente. A atividade é tipicamente familiar, pois ocupa 2,9 mil hectares em 2,4 mil propriedades rurais. Os plantios concentram-se no Norte do Estado, tendo como destaque os municípios de São Mateus e Jaguaré, com mais de 75% da área cultivada e da produção. O rendimento médio das lavouras está em torno de 2.700 a 3.000 kg por hectare, porém, existem produtividades de até 5.000 kg por hectare.
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