25/08/2016 14h05 - Atualizado em 25/08/2016 14h07

Profissionais discutem inovações do protocolo de infecções sexualmente transmissíveis

Mais de 100 profissionais de saúde vão se reunir nos próximos dias 29 e 30, em Nova Almeida, em Serra, na Oficina para Atualização das Inovações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. O evento é voltado para médicos e enfermeiros que atuam nos serviços de pré-natal e Serviços de Atendimento Especializado (SAEs).

A Oficina é promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenação Estadual de DST e Aids, em conjunto com o Ministério da Saúde.

De acordo com a coordenadora de DST e Aids da Sesa, Sandra Fagundes, o objetivo do encontro é repassar o conhecimento sobre o novo protocolo de tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (IST) para os profissionais dos municípios que atuarão como multiplicadores. “O diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento de IST são realizados na atenção primária, por isso é importante o envolvimento desses profissionais, para que possamos reduzir o número de casos, principalmente relacionados à sífilis e à sífilis congênita”, explica.

Segundo dados da Coordenação Estadual de DST e Aids da Sesa, o número de casos de sífilis em gestantes teve um aumento de 43,5% em um período de três anos no Estado, o que reflete também no número de casos de sífilis congênita, ou seja, transmitida de mãe para filho. “Se a gestante e seu parceiro não forem tratados corretamente, a sífilis será transmitida para o recém-nascido, elevando os casos de sífilis congênita”, ressalta Sandra Fagundes. De 2013 a 2015, casos de sífilis congênita tiveram um aumento de 68,5% no Estado.

Esse aumento, segundo a coordenadora, é atribuído ao crescimento do número de casos de sífilis entre homens, ao não uso do preservativo, bem como à falta de diagnóstico e de tratamento em tempo hábil da gestante. “O diagnóstico de sífilis na gestação é primordial. Na primeira consulta de pré-natal deve ser realizado o teste rápido para sífilis e, se diagnosticada, a gestante e o parceiro devem ser tratados imediatamente. Somente com o diagnóstico e o tratamento corretos evitaremos a transmissão ao bebê e eliminaremos a sífilis congênita”, explica a coordenadora de DST e Aids da Sesa.

Para enfrentamento da sífilis  e de outras infecções sexualmente transmissíveis no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Coordenação Estadual de DST e Aids, fornece aos municípios kits de testes rápidos, material de conscientização, preservativos masculino e feminino, além de treinamentos para as equipes de saúde.

 

Oficina

 

A Oficina para Atualização das Inovações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (PCDT/IST) acontece nos dias 29 e 30, no Hotel Praia Sol, em Nova Almeida. Estão inscritos profissionais de saúde do Espírito Santo, do Acre, da Bahia, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. As aulas serão ministradas por técnicos do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis.

 

Dados

 

Casos notificados de gestantes com sífilis

 

Ano

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Nº de casos

 

273

721

551

725

746

1.041

 

Casos notificados de sífilis congênita

 

Ano

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Nº de casos

 

184

191

320

356

434

600

Taxa de Incidência por 1.000 Nascidos Vivos

3,5

3,6

6,1

6,6

7,7

10,5

 

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

Jucilene Borges

 jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br

Juliana Rodrigues

 julianarodrigues@saude.es.gov.br

 Ana Carolina Stutz

 anapinto@saude.es.gov.br

 Juliana Machado

 julianamachado@saude.es.gov.br

Texto: Ana Carolina Stutz

 Tels.: (27) 3347-5642/3347-5643/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776

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