03/09/2015 16h33 - Atualizado em 16/08/2016 15h35

Secretaria de Estado da Saúde explica quem pode autorizar a doação de órgãos

O desejo de ser um doador de órgãos é do indivíduo, mas, depois que a pessoa morre, a decisão de autorizar ou não a retirada de órgãos e tecidos para transplante cabe à família. E você sabe quem, exatamente, pode fazer essa escolha por você? Neste Setembro Verde, período voltado para a conscientização sobre a importância da doação de órgãos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aproveita para intensificar a divulgação de informações a respeito do assunto.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes do Espírito Santo, Rosemery Erlacher, no caso de adultos, a autorização pode ser concedida pelo cônjuge ou por um parente de primeiro ou segundo grau maior de idade, seja na linha reta ou colateral. Assim, pai, mãe, filhos, irmãos, avós, netos, marido e esposa, inclusive parceiros em relação homoafetiva que vivem em união estável (relação comprovada por meio de documentos aceitos em cartório), são as pessoas legalmente amparadas para tomar a decisão de doar ou não os órgãos de seu ente querido.

“Por outro lado, quando a família do potencial doador não é localizada, a legislação brasileira impede a captação de órgãos. Um andarilho, por exemplo, que morre no hospital e é um potencial doador, não pode ter seus órgãos doados se não houver alguém legalmente responsável por ele para fazer a autorização”, detalha Rosemery.

E quando o potencial doador é uma criança? De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes do Espírito Santo, a remoção dos órgãos pode ser feita desde que ambos os pais ou os responsáveis legais autorizem. Isso significa que quando a mãe ou o pai não é localizado, a doação não pode ser autorizada apenas por uma das partes. Neste caso, segundo Rosemery, pode acontecer de uma das partes autorizar e um juiz decidir pela outra.

Ela ressalta que é muito importante o trabalho dos assistentes sociais nos hospitais, pois são eles que, independentemente de o paciente ser um potencial doador de órgãos ou não, vão em busca da família ou de alguém que tenha vínculo com a pessoa. “É muito pequeno o número de pacientes não identificados. O serviço social faz uma verdadeira investigação, muitas vezes, para localizar conhecidos, amigos, família. Começa buscando quem levou o paciente para o hospital, de onde a pessoa foi trazida e assim por diante”, comenta a coordenadora da Central de Transplantes.

 

Manifeste seu desejo

 

Rosemery Erlacher orienta que, quem quer ser um doador e tem a oportunidade de conversar com pai, mãe e parentes próximos sobre o assunto, que manifeste seu desejo para a família. Ela enfatiza que o assunto deve ser debatido em casa, pois o diálogo ajuda inclusive outras pessoas a mudarem de ideia.

“O que costumamos sugerir às pessoas quando realizamos ações de conscientização é: coloque-se no lugar do outro. Em vez de pensar em si mesmo ou em um parente doando órgãos, imagine você ou um dos seus precisando de um órgão”, conclui a coordenadora da Central de Transplantes do Espírito Santo.

 

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

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Texto: Juliana Rodrigues

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