Secult e Funarte promovem oficinas gratuitas
A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e a Fundação Nacional de Artes (Funarte) vão promover, gratuitamente, de 05 a 16 de dezembro, o ciclo de Oficinas Gratuitas “Teatro Contemporâneo – Quatro oficinas técnico-artísticas”. Serão quatro oficinas com professores e em locais diferentes: Cenografia por André Sanches (Palácio da Cultura Sônia Cabral); Figurino por Fátima Lima (Mucane - Museu Capixaba Do Negro) e Teatro de Rua por Lindolfo Amaral (Teatro Carlos Gomes), entre os dias 05 a 09 de dezembro, e Encenação Negra por Márcio Meirelles (Mucane - Museu Capixaba Do Negro) entre os dias 12 a 16 de dezembro.
O número máximo de vagas para cada oficina será de 30 participantes. A ação integra o Programa de Oficinas de Capacitação Técnica e Artística em Artes Cênicas da Funarte 2016, e possui apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) de Vitória e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Este projeto propõe ofertar por meio de oficinas, informações que agreguem novos valores de conhecimento e arte a técnicos e artistas cênicos. Este processo será desenvolvido por meio da interação de saberes e fazeres de profissionais que virão ao Estado ministrar estas oficinas. Com esta estratégia de capacitação e qualificação se pretende oportunizar a nossos artistas e técnicos crescimento e amadurecimento profissional.
Sobre as inscrições
Os interessados devem preencher as fichas de inscrição do curso especifico disponíveis no site da Secult e enviá-la para o e-mail formacao@secult.es.gov.br, de segunda (28) a quarta-feira (30). Será aceito uma inscrição por oficina. Cada oficina terá 30 vagas, que serão preenchidas pela ordem de chegada das fichas de inscrição. Os nomes dos selecionados serão divulgados no site da Secult na quinta-feira (01).
Programação
A abertura do evento será realizada na parte da manhã (das 9 às 12 horas), no auditório Palácio da Cultura Sônia Cabral, aberto ao público interessado, em que cada um dos convidados a aplicar as oficinas proferirá uma breve palestra de 30 minutos sobre a produção de sua área hoje no país. Haverá espaço para perguntas aos palestrantes, no final das exposições.
Cada oficina terá carga horária de 40 horas, ministradas em cinco dias consecutivos, no turno matutino e vespertino, compreendendo o período de 05 a 16 de dezembro de 2016, das 9 às 18 horas.
AS OFICINAS
- Cenografia por André Sanches (Palácio da Cultura Sônia Cabral): 05 a 09 de dezembro
Durante os encontros será abordado o desenvolvimento e realização de projetos desde a concepção, sua relação com o espaço cênico, a busca de referências, pesquisas e escolha de materiais; enfatizando a conexão estabelecida pelo artista com o mundo ao seu redor e os contínuos intercâmbios de ideias que contribuem para a construção do projeto cenográfico, provendo os participantes de métodos e processos de trabalho para a elaboração e desenvolvimento de projeto cenográfico teatral.
Ficha de inscrição
André Sanches
Cenógrafo graduado Bacharel em Artes Cênicas, com habilitação em Cenografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), onde também concluiu o mestrado em Artes Cênicas, no ano de 2011. É professor do Centro de Letras e Artes da mesma universidade que se formou, fazendo parte do corpo docente do Departamento de Cenografia e Coordenador do curso de Bacharelado em Cenografia e Indumentária. Realizou mais de 70 trabalhos entre teatro, ópera e exposições, Em cinema assinou a direção de arte dos documentários. Recebeu o prêmio de Melhor Cenografia no 7º e 8º Festival de Teatro do Rio nos anos de 2000 e 2001 pelos espetáculos “Uma Mulher Vestida de Sol” e “Jogos na Hora da Sesta”.
02.Figurino por Fátima Lima (Mucane - Museu Capixaba Do Negro): 05 a 09 de dezembro
A oficina "Figurino, entre a ideia e a materia" propõe dois momentos principais. No primeiro, uma reflexão e exercícios a cerca do processo criativo desse profissional, onde também se apresenta um pouco da historia da indumentária de cena, seu uso nas mais diversas manifestações artísticas e culturais e manutenção de trajes. Dando sequência, a ideia é desenvolver, a partir de uma proposta criativa, a confecção de uma peça, explorando alguns recursos criativos, materiais e técnicos, levando em consideração também a experiência de cada participante.
Ficha de inscrição
Fatima Lima
Formada em Artes Cênicas e Artes Plásticas pelo instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e em Direção de Arte pela Academia Internacional de Cinema (AIC). Atua na área há 15 anos realizando projetos para teatro, dança, ópera, oficinas de criatividade, arte educação e atualmente também para cinema e áudio visual. Trabalhou como aderecista e cabeça de equipe de montagem cenográfica na Parada Disney Brasil, evento que viajou por 6 cidades Brasileiras entre os anos de 2009/2010.Durante os últimos 5 anos trabalhou no Parque Beto Carrero World (SC), como produtora de Cenografia e o coordenadora dos departamentos de Atelier, Acervo e Lavanderia, responsáveis pela produção e manutenção dos trajes de todos os shows.
03.Teatro de Rua por Lindolfo Amaral (Teatro Carlos Gomes): 05 a 09 de dezembro
A oficina será desenvolvida por meio de jogos brincadeiras, danças dramáticas e canções folclóricas, como forma de potencializar o ator no seu processo de criação, e tendo, ainda, a Literatura de Cordel como objeto de estudo para a construção da dramaturgia. A clientela terá a oportunidade de conhecer um painel da produção do Teatro de Rua Brasileiro, formas de ocupação do espaço público e os principais grupos existentes.
Ficha de inscrição
Lindolfo Alves do Amaral Filho
Pós-doutorando em Teatro pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutor em Teatro pela UFBA, onde defendeu a tese “Na linha do cordão: do folheto à dramaturgia (1957 – 2007), em 2013; Mestre em Artes Cênicas pela UFBA (2005); Estudou na Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe (Havana/Cuba – 1993); Estudou na Escola Internacional de Antropologia Cultural (ISTA) com Eugênio Barba (1994); Integrante do Grupo Imbuaça, desde 1978. Coordenou o Ponto de Cultura Nosso Palco é a Rua (2005 – 2006). É responsável pelo Curso de Formação de Ator do Grupo Imbuaça; Dirigiu espetáculos de Teatro em Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte. Ministrou Cursos e Oficinas de Teatro de Rua em quase todos os Estados brasileiros. Foi membro da Comissão que criou o curso Licenciatura em Teatro, da Universidade Federal de Sergipe (2006); Membro do Conselho Estadual de Cultura.
04.Encenação Negra por Márcio Meirelles (Mucane - Museu Capixaba Do Negro) 12 a 16 de dezembro
A oficina se concentrará no estudo da arte teatral e sua relação histórica com as vertentes da cultura negra brasileira, como meio de expressão, recuperação, resistência e afirmação.
Ficha de inscrição
Márcio Meirelles
Diretor teatral, cenógrafo e figurinista, inicialmente ligado às áreas de Arquitetura e Belas Artes, Márcio Meirelles atua no Teatro desde 1972 e é um dos diretores mais atuantes do país. Responsável pela revitalização do tradicional Teatro Vila Velha, em Salvador, também criou, em 1990, juntamente com Chica Carelli, o Bando de Teatro Olodum, grupo teatral baiano formado somente por atores negros, que surgiu a partir da realização de oficinas nos bairros da capital. Foi fundador do grupo Avelãz y Avestruz (1976-1989) e criador/diretor do espaço cultural A Fábrica (1982). Entre seus atuais trabalhos no teatro, destaca-se: o espetáculo "Ó Paí Ó", com o Bando de Teatro Olodum, Também co-dirigiu, com Werner Herzog, o espetáculo "Sonhos de uma Noite de Verão", no Rio de Janeiro, para a ECO 92. Depois, em 2006, fez com o Bando uma versão negra e baiana da história de Shakespeare, premiada como Melhor Espetáculo pelo Prêmio Braskem. Suas montagens mais recentes foram "O olho de Deus", com a Companhia de Teatro dos Novos, e "Drácula", com a Supernova Teatro.
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Texto: Danilo Ferraz